segunda-feira, novembro 10, 2008

A Manifestação dos Professores

 Manifestação Professores

Os professores uma vez mais invadiram Lisboa e mais de 100 mil disseram mão às políticas desta Sinistra Ministra. Esta passou todo o dia a dar conferências de imprensa e a falar em telejornais e a justificar as suas posições sobretudo baseando-se que nada mais está a fazer que a cumprir com o Memorando de entendimento que assinou com os sindicatos em Março do ano passado. Infelizmente não ouvimos os sindicatos a dizer que retiram a sua assinatura desse acordo e fico preocupado quando oiço o Mário Nogueira a basear a sua critica som nas papeladas e burocracia que esta avaliação levou às escolas. Fico preocupado quando não vejo ser colocado como finalidade principal, como o objectivo a atingir, a revogação do Estatuto da carreira docente. Aí sim está o cerne do problema, a razão que dá razão a todas as outras sinistras politicas da ministra. Outra justificação da Ministra para esta manifestação passou pela partidarização da luta e por interesses eleitorais. Todos sabemos que não é verdade e que esta luta é feita por professores que vão da extrema-esquerda à extrema-direita, mas realmente com a todos aqueles figurões a botar faladura nas televisões, (a do Jerónimo de Sousa então foi infelicíssima, não pelo que disse, mas pela som de fundo onde se ouvia gritarem, “Assim se vê a força do PC”), só pareciam querer dar-lhe razão.
Para que não fiquem duvidas, têm agora os professores a possibilidade de “queimar” a bruxa de vez no próximo dia 15. Se a manifestação do próximo sábado for, também ela, uma manifestação de muitos milhares de professores, provarão á Sinistra que não se revêem do Memorando assinado pelos sindicatos e que o recusam. Provarão também que não estão presos a nenhuma agenda partidária e que a sua luta é pelo ensino em Portugal e em defesa da Escola Pública. Provarão ainda que é possível lutar e que são os sindicatos, os partidos, as organizações do sistema que se têm de unir à vontade dos professores se não quiserem ficar para trás na sua determinação de luta.
Dia 15 vou estar lá e espero que comigo estejam muito milhares de professores. Dia 15 é o dia que pode “queimar a Bruxa”

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

23 comentários:

  1. Desculpa lá, a manifestação anterior era porque não queriam avaliação, os sindicatos foram combinar com a ministra que avaliação ia sair e, depois de sair, vêm dizer, uns que não querem ser avaliados por professores de educação física e outros que a avaliação tem muita papelada? Porra, isto para mim está mais que decidido, escola pública -gestão privada e tudo para a rua! A avaliação que faça o gajo que mandar na escola desde que apresente resultados.
    Mais que um ataque à ministra, esta merda desta manifestação foi uma garagalhada na cara dos cidadãos e nos 1,5 milhões de crianças que lhes colocamos nas mãos todos os dias. Basta, isto é uma prova que um quadro público de professores é ingerível e é hora de se começarem a preocupar com os alunos e menos com estes calaceiros.
    Escola pública é para ensinar os alunos, não é para sustentar estes pançudos.

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  2. Kaos

    Permites a utilização, deste teu cartaz, para divulgação da Manifestação de dia 15 por blogs e mails (sempre com a fonte/ a autor)?

    Ana

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  3. Um único problema para o dis 15, logística.
    No resto toda a razão para mais uma.

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  4. Excerto da resolução de dia 8:


    # Apoiar a decisão da Plataforma Sindical dos Professores de suspender a participação na comissão paritária de acompanhamento da aplicação da avaliação;

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  5. Desculpa, Kaos, mas acho que desta vez estás a ir pelo caminho errado. Respeito a tua posição, mas a mesma só proporciona uma divisão que, nesta fase, é completamente descabida.
    Um abraço

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  6. tonibler, venha trabalhar para ao pé de mim um ano... ande lá... nada como estar dentro de um assunto para o debater.

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  7. Tonibler:
    É por essas e por outras que nunca estaremos de acordo...felizmente

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  8. Ana:
    Claro que farei toda a divulgação que for considerada necessária. Eu próprio penso fazer alguma da minha lavra

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  9. ventoslunares:
    Quando há a vontade e se quer ser senhor dos nossos destinos não há falta de logistica que possa justificar o não fazer

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  10. Brit com:
    Penso que olhamos para o problema por lados diferentes. Aqui não se trata de divisionismo mas sim de se pensar que a luta dos sindicatos pode não ser suficientemente forte e decidida para resolver os problemas. Tanto não houve divisionismo que todos lá estiveram na manifestação de dia 8, (embora nem todos possam ter falado no que devia ser um plenário e não um comicio, por tal não lhes ser permitido). Quem combate a manifestação de dia 15 é o sindicato, talvez por medo de perder o protagonismo e/ou o enprego. Certo é que a assinatura do memorando, do qual ainda não tiveram a coragem de assumir retirarem a sua assinatura, tem sido o grande argumento para a Sinistra Ministra e o Engenheiro andarem a dar entrevistas por todo o lado. A resoluçao de que falas ter sido tomada pelo sindicato é muito bonita, falta saber o que exigem para lá se voltarem a sentar. É a revogação do estatuto da carreira docente? Aceitam menos do que isto?
    Dia 15 lá estarei e espero que muitos professores façam o mesmo.

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  11. Colegas,

    Não se preocupem com a logística. A logística está assegurada. Som e luz é apenas o que precisamos e isso ficará a cargo de profissionais. Não temos os meios dos sindicatos, mas temos os meios suficientes. O resto virá do coração e da alma dos professores! Ainda esta noite estive em S. Bento, numa primeira conversa com a polícia sobre questões organizativas, localização dos meios técnicos, etc. Estar ali hoje, olhando aquele espaço, imaginando o que pode ser o dia 15emocionou-me bastante... pois tudo o que estamos a fazer e a preparar é feito com o único desejo e objectivo de proporcionar aos colegas um dia memorável, um grande momento de participação cívica dos professores portugueses! Temos a razão pelo nosso lado, nada nos desmobilizará! Será uma manifestação única, um momento de intenso orgulho mas que, para além disso, terá muito conteúdo! Podem estar certos disso!

    Um abraço solidário e até dia 15, às 14 horas, no Marquês de Pombal. Depois iremos até à casa da cidadania! O local simbólico mais forte para mostrarmos as razões do nosso protesto e da nossa luta!

    Ricardo Silva
    (membro da direcção da APEDE)

    P.S. Visitem o blogue da APEDE.
    www.apede.blogspot.com

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  12. Kaos
    Tenho uma opinião diferente da sua em relação ao memorando, o que é certo é que mais de 90% dos professores que participaram nas reuniões nas escolas estiveram de acordo com ele.
    Mas julgo que não vale a pena continuar com esta discussão. O que lá vai lá vai. Não ajuda de facto numa altura destas e só serve mesmo para dividir. Não tinham razão os senhores dos movimentos quando diziam que era um impedimento para a luta. A prová-lo está a grandiosa manifestação deste sábado. Também não tem razão a ministra quando acusa os sindicatos. Mas também não tem razão em muita coisa...
    Quanto ao Jerónimo, não lhe quer parecer que foi propositado isso aparecer na comunicação social assim? Ele estava numa iniciativa da JCP...

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  13. Rui S.
    Tens razão não vale a pena falar mais da assinatura do memorando que é um mal que já foi feito ( e não com o acordo de 90% dos professores). Seja como for dia 15 há uma manifestação e é importante que todos estejam presentes pois pode ser o dia do fim da Sinistra Ministra.
    Quanto ao Jerónimo, não digo que o tenha feito prepositadamente, mas ao falar desse assunto com aquele ruido de fundo possibilitou o aproveitamento da Comunicação social para colorir as palavras da ministra. Já devia ter experiência para ter mais cuidado.

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  14. Os professores têm todas as razões para fazer greve, mas será que esta funciona? É claro que não, e porquê? Para já as greves não se fazem ao sábado, pois greve (à excepção de alguns países) é não trabalhar; segundo o Primeiro-Ministro e a Ministra da Educação são casmurros, para não chamar outra coisa, terceiro e último (a receita que funcionará às mil maravilhas): FAÇAM GREVE NA ALTURA DOS EXAMES NACIONAIS DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR E TODAS AS VOSSAS PREÇES SERÃO OUVIDAS.

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  15. O dia 15 incomoda muita gente.

    E é justamente por essa razão que é tão importante.

    Kaos

    Os que pensam com a alma e sentem com a cabeça raramente erram.

    És um convidado muito especial meu e de todos os professores.
    A Democracia não tem preço.
    Até 15.
    Um abraço
    ana

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  16. "Os que pensam com a alma e sentem com a cabeça raramente erram."

    Não é o dia 15 que me incomoda... É mesmo tudo menos isso... Parece é que há outros que não conseguem pensar noutra coisa senão no dia 15...

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  17. O MUP, através do seu blog (conhecido), sempre disponibilizou informação a todos os professores sobre todos os aspectos relacionados com a Manifestação de dia 15, em Lisboa.

    Desde a marcação da Manifestação que existe uma comissão de professores composta por elementos do MUP e da APEDE (movimentos de professores). Não temos os meios dos sindicatos mas temos tudo tratado.
    De notar que os professores vão falar de sua viva voz. A discrição é naturalmente a marca.
    E cada um leva a "logística" que quiser. Apelamos ao bom gosto, natural na classe professoral sempre que se apresenta diariamente perante dezenas de alunos.

    O resto está tudo tratado.
    O som e luz junto á A.R. é uma empresa da especialidade que fornece esses serviços.

    Para qualquer esclarecimento basta consultar os blogues do MUP e da APEDE - movimentos de professores.

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  18. Pensava que o tonibler tinha morrido. Até já tinha mandado rezar missa de 7º dia. Afinal voltou e mais idiota que nunca. Porreiro, pá!

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  19. Obrigada Kaos

    Sei que não és professor e que te juntaste a uma luta que sentiste justa.
    ÉS UM GRANDE HOMEM!

    MUITO OBRIGADA
    POR TODOS OS PROFESSORES

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  20. Caro KAOS,
    Para esclarecer as tuas dúvidas sobre o Memorando de Entendimento e o Estatuto da Carreira Docente podes ir a www.fenprof.pt. Está lá tudo...

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  21. Para que serve a concertação, a negociação de condições, a assinatura de acordos que mais não visam do que a vigência pelo período curtíssimo de 1 ano?
    O Ministério da Educação assumiu o melindre e a dificuldade na introdução de métodos de avaliação meritocrática aplicados à classe discente. A custo, e depois de muitas cedências do ME, os sindicatos assinaram um protocolo de colaboração e de aceitação das condições em que avaliação começaria a produzir efeitos. Sem prejuízo para correcções ao processo após balanço do 1º ano de aplicação. Ao contrario do que se diz, tem sido um processo transparente e bastante plástico para que ninguém possa dizer que está a ser posto fora do processo.
    Os professores queixam-se de coisas como o facto de gastarem uma hora do seu dia nas diligencias inerentes ao processo de avaliação.
    Acham muito?!
    Numa escola onde professores excelentes e medíocres sempre conviveram pacatamente em prejuízo de gerações de alunos.
    Numa escola em que o professor tantas vezes falta durante o horário de trabalho, mas não falha uma hora de explicação.
    Numa escola, que já não era respeitada como desejável e necessário, exactamente devido à continua degradação publica da imagem profissional dos professores.
    Acham muito gastar uma hora por dia neste processo que é estratégico para a reabilitação da escola e para o futuro do país?
    Nunca ouvi os senhores professores queixarem-se quando o Governo de António Guterres os aumentou em mais de 20% num só ano, e lhes permitiu continuarem a trabalhar pouco mais de uma dezena de horas semanais na escola, negligenciando gravemente toda e qualquer diligencia de apoio aos alunos.
    Era bom mas acabou-se. Quem quer ser professor, não pode ter uma segunda ocupação dentro do seu horário escolar, nem angariar entre os seus alunos os seus futuros explicandos.
    Era assim tão difícil, colaborarem como haviam-se comprometido, neste ano de afinação de processos e, certamente de equívocos e perdas de eficiência?
    O próximo ano será pautado por 3 actos eleitorais, e os professores na rua dão muito jeito a uma oposição sem outros argumentos.

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  22. Nuno Félix, não é que haja grande pachorra, mas aqui vai:
    Sim, acho muito uma hora, pois já dou uma média de 15 a 2h semanais para além do meu horário laboral, por isso mais uma hora por dia, são mais 5h por semana.
    Há professores incompetentes e excelentes? Sim. Esta avaliação de desempenho vai diferenciá~los? Não, até porque nem sequer visa uma avaliação de carácter científico... Leia bem o decreto regulamentar 2/2008!
    As faltas dadas pelos professores são todas dadas ao abrigo de legislação em vigor.
    E, já agora em jeito de correcção, os professores não têm contrato de exclusividade com o ministério, mas têm limitações quanto ao que podem fazer FORA do seu horário laboral impostas pelo ministério, incluindo fins-de-semana.
    E já agora, actualize-se, porque já há uns anitos que os prfessores não dão explicações aos alunos das suas escolas ou agrupamentos...
    Mais uma hora é muito? É sim senhor.
    Vá mais vezes à escola...

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  23. Correcção: 15 a 20 horas

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